Por Carla Matso
11/03/2020 às 13h via Computerworld
A extensão do Covid-19 tem sido um verdadeiro teste para ferramentas de big data, analytics e inteligência artificial. No último mês, a Organização Mundial da Saúde ressaltou que a inteligência artificial e o big data são chave na resposta ao vírus na China. Por lá, scanners termais foram instalados nas estações de trens das principais cidades. Os dispositivos conseguem identificar aqueles que os atravessam e apresentam febre.
Segundo informações do site Aljazeera, algumas companhias na China planejam atualizar o sistema de detecção de temperatura para incluir um de reconhecimento facial.
A tecnologia ajudaria funcionários de estações de trem e aeroportos na tarefa de monitorar passageiros. As autoridades chinesas afirmam que essa orquestração de tecnologias ajudaria a rastrear aqueles que, potencialmente, foram expostos ao vírus para, depois, conter a expansão do mesmo.
“Este alto nível de tecnologia não estava disponível durante o surto da SARS em 2003. Acreditamos que o desenvolvimento tecnológico está agora do nosso lado”, destacou o diretor da Comissão de Saúde Nacional da China, Zeng Yixin, à imprensa em janeiro deste ano.
Robôs, aliás, parecem ter encontrado uma grande vocação no contexto do coronavírus. A companhia dinamarquesa UVD Robots firmou um acordo com a Sunay Healthcare Supply para distribuir seus robôs na China. O que eles fazem é andar pelas alas de hospitais e desinfetá-las usando para isso luz UV. Outro veículo automatizado é o XAG Robot, um robô de quatro rodas e drone que espirra desinfetante em Guangzhou.
O número de pesquisas sobre o assunto também deu um grande salto. No último domingo, pesquisadores do Hospital Renmin da Universidade de Wuhan, da EndoAngel Medical Technology Company e da Universidade de Geociências da China, compartilharam trabalhos sobre como o deep learning tem sido usado para detectar o Covid-19. Segundo os pesquisadores, o método apresentou, até então, 95% de precisão. O modelo foi treinado com tomografias computadorizadas de 51 pacientes que contraíram pneumonia por Covid-19 e mais de 45.000 imagens anonimizadas.
Em artigo que ainda precisa passar por revisão da comunidade científica, os autores do estudo afirmam que o modelo de deep learning mostrou um desempenho comparável aos radiologistas e melhorou a eficiência deles na prática clínica. “Ele possui um grande potencial para aliviar a pressão dos radiologistas da linha de frente, melhorar o diagnóstico, o isolamento e o tratamento precoces e, assim, contribuir para o controle da epidemia”, escreveram.
Acesse o link: tecnologia usada para combater o coronavírus
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