Por Maria Eduarda Cury
Publicado na Exame em 26 mar 2020, 16h35
Em todo o mundo, governos e organizações estão incentivando a mobilização e a paralisação para ajudar a conter a disseminação do novo coronavírus, causador da doença chamada de covid-19. Além de órgãos oficiais, também foi requisitado que comércios particulares fechassem temporariamente ou diminuíssem o ritmo de suas atividades.
Tentando aliviar a situação, grandes empresas de tecnologia começaram a realizar ações e projetos que pudessem, de alguma forma, ajudar a disseminar informação ou incentivar que as pessoas para que permaneçam em casa.
Confira, abaixo, o que algumas empresas fizeram até o momento.
Microsoft
A companhia confundada por Bill Gates foi uma das primeiras a oferecer seus serviços para ajudar a combater a desinformação. Por meio de um mapa em tempo real, a empresa transmite, de forma gratuita, o número de casos em todo o mundo. Além disso, também é possível conferir o número de casos ativos, recuperados e mortes em cada país, além de ter acesso para as mais recentes notícias sobre a covid-19.
Serviços de streaming
As principais plataformas de streaming anunciaram, nesta semana, que estarão realizando alterações na resolução do conteúdo transmitido para ajudar a aliviar os servidores. Netflix, Globoplay, Youtube, Disney+ e Amazon estão entre as companhias que anunciaram uma redução de cerca de 25% no tráfego da plataforma, deixando os serviços mais rápidos. Elas apontaram, porém, que os assinantes de seus produtos continuarão recebendo as qualidades de exibição pelas quais pagaram.
Facebook
Além de diminuir a resolução dos vídeos da plataforma, a empresa de Mark Zuckerberg também está mobilizando outras áreas de seu website. Para tentar diminuir a desinformação presente na rede social, a companhia está direcionando usuários a sites oficiais de governos. A rede social também conta, desde a semana passada, com uma aba denominada “Centro de Informação Sobre o Coronavírus” em países europeus, para concentrar informações verificadas sobre a progressão da pandemia.
Nintendo
Procurando formas práticas e eficientes de diminuir o número de infectados, a desenvolvedora de jogos japonesa Nintendo distribuiu 9.500 máscaras para residentes da cidade de North Bend, em Washington, nos EUA – onde é localizada uma de suas sedes. A prefeitura da cidade comentou que as máscaras eram para reserva de emergência empresarial, mas que a doação veio em momento de urgência: “Esta crise é sem precedentes. A segurança dos membros da comunidade é fundamental em nossa missão diária. As comunidades atendidas pelo Corpo de Bombeiros de North Bend apreciam profundamente a generosa doação da Nintendo”, informou a prefeitura de Washington, em nota.
Apple
Criadora do iPhone, a Apple seguiu o mesmo exemplo da desenvolvedora, mas em uma escala maior – a companhia doou cerca de 9 milhões de máscaras para todo o território dos Estados Unidos. Mike Pence, vice-presidente do país, comentou sobre a ação para a imprensa. “Eu falei hoje, e o presidente falou na semana passada com Tim Cook, da Apple. E, nesse momento, a Apple foi às lojas e doou 9 milhões de máscaras para as unidades de saúde em todo o país, assim como para o estoque nacional”, afirmou Pence.
Tesla
Na última quarta-feira, o presidente da montadora de veículos elétricos Tesla, Elon Musk, anunciou que a fábrica da empresa em Nova York irá reabrir o mais rápido possível. De acordo com ele, a intenção é produzir o maior número de máquinas de ventilação (também chamados de respiradores), para auxiliar os hospitais locais a tratarem dos pacientes que estão hospitalizados com o novo coronavírus. A produção será em parceria com a Medtronic, uma companhia de tecnologia voltada para a área médica nos Estados Unidos.
Spotify
No caso do aplicativo sueco de streaming de músicas Spotify, o foco será auxiliar profissionais da música que foram prejudicados, de qualquer maneira, pela pandemia. Em parceria com as instituições MusiCares, PRS Foundation e Help Musicians, a empresa desenvolveu um site para arrecadar dinheiro para organizações que cuidam de artistas em situações precárias. A cada dólar doado para o site, a empresa dobrará o valor, com o objetivo de alcançar a marca de 10 milhões de dólares para as organizações citadas e demais instituições.
Link da matéria: Revista Exame
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